A primeira coisa que preciso dizer é que eu entrei na pós da ESMESC porque eu queria a Residência, já tinha em mente até em qual gabinete gostaria de exercer. E acho que foi isso que não me deixou desistir, porque eu passei PELA FORÇA DO ÓDIO. Reprovei em quatro das cinco provas que prestei, hahahahahaha.
ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO
a) Prova Objetiva: são sessenta questões de múltipla escolha, sendo 10 de Língua Portuguesa (valendo até 2,0) e 50 questões de Direito (valendo até 8,0) sendo uma de cada matéria - Direito Civil, Direito Processo Civil, Direito Penal, Direito Processo Penal e Direito Constitucional. Será considerado habilitado nessa etapa quem obtiver o mínimo de 30% de acerto das questões em cada disciplina e média final de 60% de acertos do total referente à soma algébrica das notas de todas as disciplinas. Ou seja, você precisa acertar, no mínimo, 3 questões em cada disciplina e 36 questões no total.
b) Prova Discursiva: nessa etapa pode cair QUALQUER ponto do conteúdo programático do edital que é enorme. São 3 questões: uma Língua Portuguesa (valendo até 3,0 pontos) que é dividida em várias frases (a, b, c, d, e, f) que você tem que reescrever corrigindo. Falo mais sobre ela no tópico onde conto como me preparei. Duas questões de Direito (valendo até 7,0 pontos). Será considerado habilitado, na prova discursiva seletiva, o candidato que obtiver o mínimo de 30% (trinta por cento) de acerto das questões em cada disciplina (considerando-se Língua Portuguesa e Direito como disciplinas) e média final de 60% (sessenta por cento) de acertos do total referente à soma algébrica das notas de todas as disciplinas nesta prova.
c) Avaliação de títulos: no edital há uma relação do que é considerado título e quanto vale. Eu não tinha títulos e eles implicam na colocação dos candidatos, que muda bastante depois dessa fase. Mas, em todas as provas que eu fiz, essa etapa não eliminou ninguém, porque em todas elas sobraram vagas.
AS PROVAS QUE PRESTEI
Vagas: 30
Inscritos: 172
Classificados: 65
Fase Objetiva: nessa prova eu alcancei o mínimo por disciplina, mas não o mínimo geral. Acertei 35 questões e o mínimo era 36.
Aí pensei "não passei por uma questão, na próxima eu passo". E continuei minha vida, sem estudar focada na prova da Residência.
Pois muito que bem, o tombo veio.
Vagas: 42
Inscritos: 122
Classificados: 52
Fase Objetiva: fiz novamente o mínimo por disciplina, porém acertei 32 questões e precisava de 36. Mais uma vez não passei para a segunda fase.
Depois disso, comecei a estudar pra valer.
Imprimi TODAS as provas de ingresso na Residência e as provas Semestrais desde 2016 até 2019 que estavam disponíveis no site da ESMESC (clique aqui para baixar as provas semestrais e aqui para baixar as provas da Residência). Encadernei todas para que ficassem como apostilas.
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| Todas as provas que imprimi e encadernei |
Resolvi todas as questões e mapeei meu Vade Mecum, deixava um asterisco ao lado de cada dispositivo que havia caído em provas anteriores e dava ênfase aos temas já cobrados. Mas percebi toda prova vinha com algum ponto "inédito", então é importante ter noção de um todo.
Eu perdi as contas de quantas vezes reli essas provas, fazia anotações, copiava a redação dos artigos no outro lado da página, grifava no Vade Mecum as palavras que costumavam ser trocadas por quem elaborava as questões... enfim, fiz um material completo para revisar.
Aí, depois de reprovar duas vezes na fase objetiva, reprovei duas vezes na fase subjetiva.
Vagas: 30
Inscritos: 105
Aprovados: 20
Fase Objetiva: fiz 37 pontos (Média 6,32)
Fase Subjetiva: a questão da discursiva de Língua Portuguesa era sobre o uso dos porquês e foi um desastre pra mim. Foi um dos pontos que menos estudei e tinha CERTEZA de que sabia muito, mas como podemos ver pela minha nota (1,50/3,00), não sabia. A primeira questão da discursiva de Direito era sobre Processo Civil e Execução Fiscal, minha nota foi 2,50/3,50. Já a segunda questão de Direito era sobre Bloco de Constitucionalidade e eu não fazia a MENOR IDEIA do que era isso. Ler essa questão me deixou muito desanimada e eu meio que larguei mão de tentar e deixei em branco. Depois, claro, fiquei super arrependida. Minha média total desse fase foi 4,0.
Como meu desempenho em Português na subjetiva foi muito ruim - apesar de ter acertado as 10 questões na matéria na fase objetiva), comecei a mapear os temas que mais caiam na prova de língua portuguesa e revi todas as regrinhas de hífen, crase, acentuação, uso de vírgula, uso dos porquês etc. Um livro que me ajudou bastante nisso foi o Ligadaço da Editora Juspodivm (clique aqui e acesse).
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| Livro que usei para revisar Língua Portuguesa |
Percebi que esse estudo das regras de Língua Portuguesa era muito importante para a prova discursiva, que é basicamente a reescritura de frases, fazendo a correção do que estava errado.
Vagas: 98
Inscritos: 108
Aprovados: 59
Fase Objetiva: acertei 49 questões (Média 8,12).
Fase Subjetiva: em Português consegui 2,50 pontos. Uma das questões de Direito era sobre Usucapião e eu não conseguia lembrar de nada, nem dos nomes das modalidades, acabei deixando a questão em branco acreditando que conseguiria a média apenas com a outra questão de Direito e com a questão de Língua Portuguesa, porém consegui 3,00 pontos na questões de Penal e totalizei 5,50.
O problema é que eu não sabia como estudar para as discursivas de Direito, porque o conteúdo do edital é MUITO amplo e poderia cair qualquer coisa, além disso, nas questões subjetivas jurídicas os temas cobrados não eram recorrentes (eu mapeei todas as provas discursivas e nenhum tema foi cobrado mais de uma vez).
Então entendi - e fica aqui a minha dica para a fase subjetiva - que eu tinha que escrever, mesmo que eu não soubesse com certeza do que tratava a questão, mesmo que eu não soubesse argumentar o conteúdo na sua totalidade, eu tinha que, pelo menos, colocar no papel o que eu lembrava, porque dali eu poderia tirar alguns décimos que, juntando com os pontos obtidos na outra questão de Direito eu conseguira a média.
Vagas: 63
Inscritos: 66
Aprovados: 42
Fase Objetiva: acertei 46 questões (Média 7,72).
Fase subjetiva: 2,50 pontos em Língua Portuguesa; 3,50 na questão 1 de Direito (Processo Penal) e 1,75 na questão 2 de Direito (Processo Civil), totalizando 7,75. A primeira questão da prova subjetiva de Direito tratava de Inquérito Policial e eu consegui todos os pontos. A segunda questão era sobre tutelas de urgência e de evidência, eu não lembrava dos requisitos e não sabia muito como organizar minhas ideias e passar para o papel, mas fiz a prova com calma e escrevi o que eu lembrava. Minha média final foi 15,47 e fiquei em 32º na classificação.
Se você tem alguma dúvida sobre a Residência, a ESMESC ou a prova, deixe um comentário ou envie e-mail para karina.adami@gmail.com que assim que puder responderei.
Em breve farei uma publicação contando sobre como é a Residência na prática.
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